Luísa
– (Sobe para cima de uma mesa) Olá a todos! Já me conhecem. Mas para
quem ainda não sabe o meu nome, eu sou a Luísa. Não a estúpida, ou a feiosa. É
um nome mais simples: Luísa.
Sei
que tenho bons resultados, mas não se preocupem, um dia hão de chegar lá,… aos
100%. Aí talvez possam começar a fazer parte das pessoas mais influentes da
vossa rua, da vossa cidade.
Quero
partilhar convosco umas informações sobre o meu corpo.
Estas
são as minhas costas. Lá dentro estão os meus pulmões. Servem para respirar,
para me manter viva.
Estas
são as minhas mãos. Servem para agarrar, para apoiar quem precisa. Mas também
para escrever o que me vai na alma.
Este
é o meu tórax, que protege o meu coração. O coração serve para bombear o sangue
que leva o oxigénio a todo o corpo. Dizem que o coração é responsável pelos
sentimentos. Talvez. Sempre me disseram que eu tinha um coração grande. Não
pelo tamanho, mas porque sou capaz de acreditar que as pessoas merecem ser
perdoadas.
E
esta é a minha parte favorita: a minha testa. Alta, que esconde o meu cérebro.
Aquela parte do corpo que serve mesmo para pensar.
Tudo
o resto é um papel de embrulho que esconde o mais importante. Todos nós temos
costas, barriga, pernas, braços, pés... Mas só alguns de nós usam o cérebro
para pensar.
Eu sou a Luísa. Gosto de ser como sou. Sei o que quero, sei o que não quero. E sei que tenho um bom amigo. O resto... é supérfluo.
1 comment:
Um cérebro, uma mente, uma pessoa que pensa e que sente. Num mundo em que o supérfulo abunda, quem questiona e reflete é um círculo que circunda.
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